quinta-feira, 27 de outubro de 2011

M. - A Amada

Já houve tempos em que fui bastante amiga da T., eramos quase as melhores amigas. Tal como a ela, quem me tinha transformado tinham sido as vivências, acontecimentos menos bons. Mas foram também as vivências que me fizeram mudar.
Houve tempos em que me senti desamparada, deixada ao acaso a deambular pela vida, completamente abandonada pelas pessoas que eram suposto nunca o fazer!
Primeiro caíram por terra os meu "verdadeiros" amigos,  mais tarde a família e por fim caiu a última coisa que me restava, os sonhos.
Foi até que veio um pequeno anjinho e me salvou, a pouco e pouco. Os amigos, consegui distingui-los! Os sonhos fui-os recuperando e criando novos! Quanto à família as coisas são mais complicadas.
Com o primeiro anjinho começaram a vir mais anjinhos a quem hoje posso chamar de amigos.
Esses ditos anjinhos são a razão de hoje conseguir ser feliz, são eles que me dão o carinho que um dia me faltou, são eles quem fazem de mim quem sou: amada!

De todo o coração,
M.

domingo, 23 de outubro de 2011

S. - A Nostálgica

Hoje sinto-me como a chuva no deserto. Ou será que sinto a chuva do deserto em mim? Tão pura e desejada, rara!
A que sabe? Sabe a momentos passados, recordações! Boas ou más, não sei dizer. Talvez bons momentos que tragam recordações algo amargas. Ou simplesmente bons momentos que trazem boas recordações mas que infelizmente não se possam repetir!
Ai que bem que sabes chuva! Há quanto tempo não me tocavas e me trazias ao encontro desta transcendência da alma, em que a minha vagueia pelo que já viveu e pelo que espera viver ou imagina que vive.
Que saudades que tinha, que saudades as minhas de me lembrar de vós, companheiros, amigos, por vezes até amantes eternos de espírito e coração. Que vontade de voltar a beijar estes meros pensamentos em sinal de respeito e dedicação! Ai que vontade!
E volto a lembrar-me da chuva do deserto, do meu deserto! Cheio de tudo e no entanto cheio de nada. Apenas cheio de mim, de pedaços de mim. Cheio de vontade, de liberdade, de raízes que vão ao encontro do meu ser!
Solto-me, liberto-me, sinto a chuva que acalma, arrepia, me faz gritar, dançar, ser feliz, com saudade.

Beijos,
S.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

T. - A Rancorosa

Hoje decidi que me vou apresentar perante alguém que não me conhece, vós que lês esta publicação.
Mas palavras para quê? Vivo no meio de uma sociedade em que ninguém me compreende nem tão pouco às minhas atitudes! Lanço palavras à sorte à espera que entendam o seu significado, mas como é possível que tal não aconteça?! Felizmente tenho a sorte de fazer parte de um pequeno grupo que me apoia e tenta acalmar a revolta, a raiva, o rancor. Acima de tudo o rancor...
EU SOU! Eu Sou. Eu sou... Mas afinal o que sou eu?! Sou um sentimento! Rancor! Cada vez mais me convenço disso! Aliás, que poderia eu ser mais quando todos me viram as costas? Ou que poderia ser eu mais quando a todos viro costas e fujo! Fujo com medo de contagiar alguém com o meu ódio. Não é que goste de assim ser, mas não tive escolha. As vivências foram quem me transformou.
Como gostava de ser como a M ou o E, mas não sou. Vocês terão a oportunidade de os conhecer, a eles e a outros! Irão ser mencionados várias vezes. Talvez uns mais do que outros, tudo a seu tempo, conforme os dias.
Já espalhando o meu rancor por toda a parte aqui digo, nenhum de vós pagará pelo que me fez, eu não sou vingativa, essa é a F, mas tudo ficará guardado! Dentro do meu negro coração há muito torneado por espinhos, pois toda eu sou rancor.

Abraço,
T.