domingo, 23 de outubro de 2011

S. - A Nostálgica

Hoje sinto-me como a chuva no deserto. Ou será que sinto a chuva do deserto em mim? Tão pura e desejada, rara!
A que sabe? Sabe a momentos passados, recordações! Boas ou más, não sei dizer. Talvez bons momentos que tragam recordações algo amargas. Ou simplesmente bons momentos que trazem boas recordações mas que infelizmente não se possam repetir!
Ai que bem que sabes chuva! Há quanto tempo não me tocavas e me trazias ao encontro desta transcendência da alma, em que a minha vagueia pelo que já viveu e pelo que espera viver ou imagina que vive.
Que saudades que tinha, que saudades as minhas de me lembrar de vós, companheiros, amigos, por vezes até amantes eternos de espírito e coração. Que vontade de voltar a beijar estes meros pensamentos em sinal de respeito e dedicação! Ai que vontade!
E volto a lembrar-me da chuva do deserto, do meu deserto! Cheio de tudo e no entanto cheio de nada. Apenas cheio de mim, de pedaços de mim. Cheio de vontade, de liberdade, de raízes que vão ao encontro do meu ser!
Solto-me, liberto-me, sinto a chuva que acalma, arrepia, me faz gritar, dançar, ser feliz, com saudade.

Beijos,
S.

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