quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

C. - A Desamparada

Olá.
Nem sei por onde começar por me apresentar.
Sou parte deste grupo de amigos, mas a verdade é que sou tímida demais e tento passar por despercebida, por isso é que ainda não me tinham visto falar.
Sinto-me várias vezes desamparada, talvez isso se deva aos problemas do dia-a-dia.
Hoje em dia nem em Deus acredito, mas houve tempos em que não foi assim! Houve tempos em que tinha fé, numa força superior, que me ajudava e encaminhava.
Lembro-me de, em pequena, ter uma dívida enorme em moedas de 1cêntimo para colocar na caixa das esmolas do santuário de Fátima.
Com as vivências, fui perdendo a esperança de que alguém fizesse o que eu pedia. E daí, talvez seja, por eu nunca ter ido ao dito santuário no qual ainda hoje devo centenas de €.
De qualquer forma eu já não acreditava na minha própria fé, e hoje, vendo-me novamente desamparada, com os últimos e péssimos acontecimentos, reivindiquei a minha fé em favor dos outros.

Melhora rápido, Tátia <3
Amo-te amiga!

domingo, 20 de novembro de 2011

K. - A Confusa

Confusão, confusão! É a palavra de ordem. O mundo gira, o dia passa a noite e a noite passa a dia. O que é matéria viva, morre, murcha, desaparece em desespero. Mudanças que nem sabemos como acontecem.
O tsunami pode ter tido origem da lata mandada para a água, o sismo do papel deixado no chão, o furacão do fumo de um cigarro.
O mundo está a revoltar-se contra nós, e nós confusos ficamos! Pensamos: O que fiz eu?! A verdade é que fizemos muito!
E quando isto é o mundo... Oh Deusa! Quando isto acontece ao Mundo! Que acontecerá aqui dentre humanos? E connosco? Que terá acontecido para te perder?
Porque fugis de mim? Aproveitaste-te e de nada precisas agora, não é verdade? Mas mesmo esse proveito, porque não voltas a requeri-lo?! É pouco e é maligno! Mas sendo pouco, já é mais do que o que tenho agora!
Por isso volta! Volta! Vem e engana-me!! Porque esse pouco, quero-o para mim! Entrega-mo!

Beijo,
K.


quinta-feira, 10 de novembro de 2011

L. - O Mascarado

Diz-se que todos representamos cada um o seu papel. Eu não sou exceção.
Faço o papel de bom filho, bom aluno, bom nisto e naquilo. É uma máscara!
Satisfaço os desejos da minha família, no entanto faço coisas que se não as mantivesse em segredo, não eram propriamente bem aceites.
Tenho boas notas e não falo nas aulas, isto prova apenas que me mantenho em silêncio à espera que não notem os meus defeitos e dúvidas enquanto me afundo num torbilhão de pensamentos, quando o que tenho na cabeça é tudo menos matéria.
Sorrio, não quer dizer que seja feliz. Falo calmamente, não quer dizer que me sinta gritar em revolta. Calo-me, não significa que mais tarde não exploda.
Somos mandados sorrir pela sociedade e assim fazemos! Tiramos uma fotografia e por seja qual for o nosso estado de espírito, é esperado que demonstremos felicidade. Até em frente a montras de lojas nos dizem: "Sorria, está a ser filmado!"
Não gosto, mas sorrio. E por então esta máscara vai servindo e prefiro assim, pois nem todos gostariam da realidade.

Até um dia,
L.

domingo, 6 de novembro de 2011

Z. - A Pressionada

Não gostamos de dar expectativas a ninguém... Normalmente dá mau resultado! Nem sempre somos o que aparentamos ou nem sempre queremos ser o que somos, ou, ou, ou! Milhares de "ou's"... A diversão está em descobrir o que realmente somos, ou pelo menos tentar!
Gostamos de ter papeis definidos, gostamos de desempenhar cargos importantes e ter tarefas de concretização imperativas! Mentira! Não gostamos de ser responsabilizados, PRESSIONADOS! O que corre mal trás consequências, sempre negativas. Eu não gosto de consequências!
Já dei por mim muitas vezes a pensar que seria de mim sem responsabilidades, sem ter ninguém a depender de mim? Ah como era bom sentir que podia estar descansada! Gostava de poder não ter por vezes o peso que tenho em mim... Mas que posso fazer?! Oh mal de mim, em querer ser quem os outros esperam...
Talvez sempre tenha sido assim, talvez seja só agora... Mais tarde não sei. Por hoje é assim.

Sentimentos,
Z.

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

M. - A Amada

Já houve tempos em que fui bastante amiga da T., eramos quase as melhores amigas. Tal como a ela, quem me tinha transformado tinham sido as vivências, acontecimentos menos bons. Mas foram também as vivências que me fizeram mudar.
Houve tempos em que me senti desamparada, deixada ao acaso a deambular pela vida, completamente abandonada pelas pessoas que eram suposto nunca o fazer!
Primeiro caíram por terra os meu "verdadeiros" amigos,  mais tarde a família e por fim caiu a última coisa que me restava, os sonhos.
Foi até que veio um pequeno anjinho e me salvou, a pouco e pouco. Os amigos, consegui distingui-los! Os sonhos fui-os recuperando e criando novos! Quanto à família as coisas são mais complicadas.
Com o primeiro anjinho começaram a vir mais anjinhos a quem hoje posso chamar de amigos.
Esses ditos anjinhos são a razão de hoje conseguir ser feliz, são eles que me dão o carinho que um dia me faltou, são eles quem fazem de mim quem sou: amada!

De todo o coração,
M.

domingo, 23 de outubro de 2011

S. - A Nostálgica

Hoje sinto-me como a chuva no deserto. Ou será que sinto a chuva do deserto em mim? Tão pura e desejada, rara!
A que sabe? Sabe a momentos passados, recordações! Boas ou más, não sei dizer. Talvez bons momentos que tragam recordações algo amargas. Ou simplesmente bons momentos que trazem boas recordações mas que infelizmente não se possam repetir!
Ai que bem que sabes chuva! Há quanto tempo não me tocavas e me trazias ao encontro desta transcendência da alma, em que a minha vagueia pelo que já viveu e pelo que espera viver ou imagina que vive.
Que saudades que tinha, que saudades as minhas de me lembrar de vós, companheiros, amigos, por vezes até amantes eternos de espírito e coração. Que vontade de voltar a beijar estes meros pensamentos em sinal de respeito e dedicação! Ai que vontade!
E volto a lembrar-me da chuva do deserto, do meu deserto! Cheio de tudo e no entanto cheio de nada. Apenas cheio de mim, de pedaços de mim. Cheio de vontade, de liberdade, de raízes que vão ao encontro do meu ser!
Solto-me, liberto-me, sinto a chuva que acalma, arrepia, me faz gritar, dançar, ser feliz, com saudade.

Beijos,
S.

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

T. - A Rancorosa

Hoje decidi que me vou apresentar perante alguém que não me conhece, vós que lês esta publicação.
Mas palavras para quê? Vivo no meio de uma sociedade em que ninguém me compreende nem tão pouco às minhas atitudes! Lanço palavras à sorte à espera que entendam o seu significado, mas como é possível que tal não aconteça?! Felizmente tenho a sorte de fazer parte de um pequeno grupo que me apoia e tenta acalmar a revolta, a raiva, o rancor. Acima de tudo o rancor...
EU SOU! Eu Sou. Eu sou... Mas afinal o que sou eu?! Sou um sentimento! Rancor! Cada vez mais me convenço disso! Aliás, que poderia eu ser mais quando todos me viram as costas? Ou que poderia ser eu mais quando a todos viro costas e fujo! Fujo com medo de contagiar alguém com o meu ódio. Não é que goste de assim ser, mas não tive escolha. As vivências foram quem me transformou.
Como gostava de ser como a M ou o E, mas não sou. Vocês terão a oportunidade de os conhecer, a eles e a outros! Irão ser mencionados várias vezes. Talvez uns mais do que outros, tudo a seu tempo, conforme os dias.
Já espalhando o meu rancor por toda a parte aqui digo, nenhum de vós pagará pelo que me fez, eu não sou vingativa, essa é a F, mas tudo ficará guardado! Dentro do meu negro coração há muito torneado por espinhos, pois toda eu sou rancor.

Abraço,
T.