quinta-feira, 10 de novembro de 2011

L. - O Mascarado

Diz-se que todos representamos cada um o seu papel. Eu não sou exceção.
Faço o papel de bom filho, bom aluno, bom nisto e naquilo. É uma máscara!
Satisfaço os desejos da minha família, no entanto faço coisas que se não as mantivesse em segredo, não eram propriamente bem aceites.
Tenho boas notas e não falo nas aulas, isto prova apenas que me mantenho em silêncio à espera que não notem os meus defeitos e dúvidas enquanto me afundo num torbilhão de pensamentos, quando o que tenho na cabeça é tudo menos matéria.
Sorrio, não quer dizer que seja feliz. Falo calmamente, não quer dizer que me sinta gritar em revolta. Calo-me, não significa que mais tarde não exploda.
Somos mandados sorrir pela sociedade e assim fazemos! Tiramos uma fotografia e por seja qual for o nosso estado de espírito, é esperado que demonstremos felicidade. Até em frente a montras de lojas nos dizem: "Sorria, está a ser filmado!"
Não gosto, mas sorrio. E por então esta máscara vai servindo e prefiro assim, pois nem todos gostariam da realidade.

Até um dia,
L.

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